quinta-feira, 20 de novembro de 2014
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Gramática de Hebraico Bíblico
Gramática Hebraico Bíblico Page Kelley
Créditos: Marcelo
O ponto forte desta Gramática são os exercícios, baseados em textos bíblicos, com as referências bíblicas citadas. Cada lição inclui os exercícios diretamente relacionados com o tema; exercitados são também os conhecimentos adquiridos em lições anteriores. Cada lição inclui uma lista de vocábulos. O conteúdo é apresentado em linguagem simples e acessível e seguidamente inclui definições de termos gramaticais da nossa língua, ajudando, assim, a criar pontes. Esta Gramática também pode ser usada por autodidatas, pois trabalhando bem o conteúdo das lições, estudando os exemplos e consultando as referências bíblicas, pode-se fazer os exercícios e, depois, submeter os mesmos à correção. Esta é uma gramática introdutória: apenas toca em questões sintáticas e não aborda questões da poesia hebraica. Mas trata de maneira clara e bastante completa as noções básicas da língua hebraica, dando boas ferramentas para ler e traduzir boa parte da Bíblia Hebraica.
DICIONÁRIO_BIBLICO_STRONG_HEBRAICO
Tradução para o português da famosa obra de James Strong, The Exaustive Concordance of the Bible. Permite identificar e pesquisar as palavras hebraicas e gregas no texto original, consultando as explicações gramaticais e exegéticas elaboradas por James Strong para cada uma das palavras originais da Bíblia, possui campos de pesquisa próprios, verbetes em hebraico, aramaico e grego com explicação em português e interação com a RA com números de Strong.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Bibliografia Hebraico
s
Neste vídeo apresento alguns livros para o aprendizado e uso do hebraico bíblico.
Neste vídeo apresento alguns livros para o aprendizado e uso do hebraico bíblico.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
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versículos da
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de cada
palavra traduzida em português ou qualquer outra língua;
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João
Ferreira de Almeida, sua biografia e curiosidades sobre a Bíblia. Traduções
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Bíblia disponíveis em português:
Versões
de João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada, Revista e Corrigida e
Revista e Corrigida de 1995;
A
Nova Tradução na Linguagem de Hoje;
Tradução
Brasileira, a primeira tradução (1917) da Bíblia feita no Brasil.
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estudo;
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Vídeo Tutorial:
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Obs: encontrei alguns links na net e estou apenas compartilhando aqui, os créditos são
daqueles que produziram, digitalizaram, postaram e compartilharam. orem por esses.
Livro Noções do Hebraico
Este é um livro que pode ser usado tanto por quem já estuda hebraico e quer fixar mais a matéria como por pessoas que querem começar o seu aprendizado da língua ou que já o fizeram em algum momento no passado e estão querendo relembrar.
O hebraico é uma língua simples, tão simples que em apenas algumas lições básicas se é capaz de ler, entender e, com o auxílio de um dicionário, traduzir a Bíblia. Este livro chega para lhe alfabetizar e oferecer noções elementares de gramática e verbo.
LIvro
Obs: encontrei alguns links na net e estou apenas compartilhando aqui, os créditos são daqueles que produziram, digitalizaram, postaram e compartilharam. orem por esses.
Obs: encontrei alguns links na net e estou apenas compartilhando aqui, os créditos são daqueles que produziram, digitalizaram, postaram e compartilharam. orem por esses.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Os Mapas do êxodo
Nossa perspectiva é influenciada em grande
parte pela nossa interpretação ou aceitação da localização do Monte Sinai, se
aceitarmos a representação feita nos mapas atuais em nossas bíblias teremos
dificuldades para explicar algumas das seguintes questões[1]
ð
Quando Moisés fugiu de
Faraó ele parou em Midiã (Êxodo 2.15). Midiã fica do lado leste do golfo de
Aqaba, a 'orelha de coelho' a leste do mar Vermelho, na Arábia Saudita dos
nossos dias. Midiã nunca fez parte da península entre os dois golfos
ð
Ao situar o Horebe na
península do Sinai temos que explicar como Moisés foi tão longe (cerca de
duzentos quilômetros) pastoreando ovelhas num região desértica.[2]
ð
Foi em "Horebe, o
monte de Deus" que Moisés viu a 'sarça ardente' (Êxodo 3.1), e no verso 12
Deus disse a ele: "Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a
Deus neste monte".
ð
O monte Horebe sempre se
situou em Midiã. Prosseguindo com a comissão que está dando a Moisés, Deus
especifica "caminho de três dias para o deserto" (verso 18). Segundo
Êxodo 4.27 Arão encontrou Moisés "no monte de Deus" (Horebe, em
Midiã), e foram juntos ao Egito.
ð
Quando o povo deixou o
Egito, Deus o conduziu numa marcha forçada; observar o "para que
caminhasse de dia e de noite" (Êxodo 13.21). Com três dias de marcha
forçada (Êxodo 3.18) estariam perto de Ezion -Geber (o Eilat de hoje), e com
mais dois dias estariam bem dentro de Midiã. Mas aí Deus mandou que
"voltassem” e “acampassem” à beira-mar, defronte de “Baal-Zefom"
(Êxodo 14.2). Para fazerem isso tinham de deixar a rota estabelecida entre
Egito e Arábia e caminhar ao sul, deserto adentro; e foi exatamente esse
procedimento que levou Faraó a concluir que estavam confusos e perdidos
(obviamente ele teria espiões seguindo a multidão, muito bem montados, para o
manterem informado). Teria sido simplesmente impossível que eles se perdessem
entre Gósen e o golfo de Suez (o braço oeste do mar Vermelho), mas é o que são
obrigados a alegar os que colocam o monte Sinai na península que ora leva seu
nome uma estupidez patente
ð
É considerar que faraó e
seus generais eram estúpidos ou Deus estaria enganado, pois se a travessia foi
pelo canal de Suez os israelitas estavam dentro do território que no decorrer
das décadas e dos séculos os israelitas teriam explorado e caçado por toda
aquela área, e seria bem conhecida por eles, ou seja teríamos de admitir que
esle se perderam em de casa.
ð
Para que os carros de
guerra? Faraó poderia tê-los cercado com soldados a pé, e ainda cerca-los de
frente apenas (veja no mapa). Nos
mapas pela escala dos mesmos o mar da travessia dar cerca de, 27 km ou seja,
com um dia de caminhada se iria dum extremo a outro. Então para que abrir um
mar se conseguiria chegar ao mesmo local num período igual sem milagre.
ð
Não existe certeza sobre as
localizações descritas no livro de êxodo, apenas conjectura, baseadas em
inferências, as quais podem ser encaixadas em diversas explicações sobre a rota do êxodo.
o
A palavra Sucote é uma
palavra hebraica que significa cabana, existem localidades chamadas de Sucote Êxodo
12.37, 13.20 geralmente este locais também é identificado em Canaã, Js 13.27 Juízes capitulo
oito contem diversas referencias a Sucote.
o
Também a palavra Migdol é
hebraica e significa torre, o mar de Êxodo 14.2 pode referir-se a qualquer um
então, Pi-Hairote depende também da localização de Migdol que é genérica e de
um mar que também é genérico, sendo assim o mar é qualquer um, inclusive Ácaba.
ð
Alguns mapas identificam o
Monte Sinai acompanhado de uma interrogação, ou a frase “localização
tradicional”[3]
ð
ð
Além do já exposto como
vamos considerar a declaração de Paulo em Gálatas 4.25 diz que o monte Sinai fica
na Arábia. Embora não saibamos a exata definição que Paulo daria a 'Arábia', o
que consta em praticamente todos os mapas como sendo o monte Sinai, na
península do mesmo nome, não deve ser o verdadeiro. Senão, temos que considerar
que Paulo era ignorante quanto o assunto ou estava enganado, e o restante da
argumentação de Paulo então é tão invalida quanto a ideia dele da localização
do Sinai você não acha?
Existe ainda a questão da palavra utilizada para Mar Vermelho. que é Yam Suph que traduzida ao pé da letra seria Mar de Juncos, baseado nessa tradução alguns estudiosos dizem que a travessia foi num lago ou pântano entre o Suez e o Mar Mediterrâneo, além dos argumentos acima, surge ao menos duas questões sobre isso;
se foi um lago como esse se dividiu em duas muralhas e passou 2 milhões de pessoas e afogou todo o exercito de faraó. A outra questão é semântica pois o termo Yam Suph é o único termo utilizado no Antigo Testamento para se referir ao Mar Vermelho especialmente 1 Reis 9.26.
Algumas pontos à observar nos mapa de nossas Bíblias:
Rotas Alternativas são apresentadas em diversos mapas.
No mapa 5 observe que existe uma marcação de fortaleza de fronteira, então como explicar Êxodo 13.17?
No Chamado caminho tradicional sequer a rota passa pelo mar. (Ver Mapa 1)
Mapa 1 Bíblias CPAD
Mapa 2 Bíblias THOMPSON
Mapa 3 Atlas Vida Nova e Pequeno Atlas bíblico CPAD
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
A Saga da Teoria Documental
A
SAGA DA TEORIA DOCUMENTAL
Como na ultima postagem prometi
considerar algumas questões da escola historicista, darei continuidade aqui ao
assunto, porém acredito ser necessário fazer um breve relato dessa escola. Farei
observações em postagens posteriores no momento desejo apenas que vocês
conheçam ou relembrem as bases da teoria documental .
Existe um
consenso básico a respeito do desenvolvimento do método histórico-critico no
meio acadêmico, apresento em linhas gerais logo abaixo[1].
Dúvidas sobre a
concepção tradicional quanto à origem do Pentateuco foram manifestadas já no
século XII pelo estudioso judeu Ibn Esra, no tempo da Reforma por Karlstadt,
mais tarde no século XVII por T. Hobbes, B. Espinoza, R. Simon e outros.
Henning
Bernhard Witter, pastor de Hildesheim, foi o primeiro a adotar a alternância
entre o nome de Deus Elohim ("Deus") e Yahweh, que ocasionalmente já
se percebera na Antiguidade, como característica distintiva de tradições em Gn
1-2. Foi ele quem descobriu em Gn 1 uma fonte própria. Sua obra, publicada no
ano de 1711,foi ignorada por dois séculos.
Repercussão
teve por primeiro o médico particular de Luís XV, Jean Astruc, que dividiu em
1753 todo o Gênesis em dois (ou três) fios narrativos paralelos, com base nos
nomes de Deus. Com isto se assentou o fundamento da crítica literária,
possibilitando estudos cada vez mais aprofundados nos um e meio a dois séculos
seguintes.
a) A hipótese(mais antiga)das fontes (ou documentos):Algumas décadas mais
tarde, Johann Gottfried Eichhom, cuja "Introdução ao Antigo Testamento"
(1780 e anos seguintes) praticamente fundou- depois de J.D. Michaelis,
considerado precursor a isagogia e que, ao mesmo tempo, adquiriu importância
com a introdução do conceito de mito, retomou a divisão das fontes e a impôs,
comprovando a diversidade em estilo e conteúdo das fontes principais. Enquanto
que Witter e Astruc compreendiam as fontes por eles detectadas como tradições
utilizadas por Moisés, só no decorrer de seu labor científico Eichhom renunciou
à hipótese de que Moisés seria o redator do Pentateuco.
No final do século XVIII, Karl David llgen (Die Urkunden des
jerusalemischen Tempelarchivs in ihrer Urgestalt, 1798) descobriu que ao lado
das duas fontes escritas já conhecidas havia uma terceira, que usa o mesmo nome
de Deus da primeira fonte. Deste modo se conhecem agora três documentos ou fontes
escritas: duas falam de Elohim e uma, de Yahweh. Só muito mais tarde se percebeu
a grande importância de distinguir duas tradições nos textos em que Deus é
designado Elohim.
b) A hipótese dos fragmentos: O enfoque progressivamente diferenciado e
a análise de livros além do Gênesis ajudaram a descobrir documentos cada vez
mais recentes: coleções mais ou menos autônomas e coesas em si mesmas, originárias
de épocas diferentes e que não podem ser enquadradas em fontes contínuas, pelo
menos não de forma inequívoca. Assim se pressupôs por volta de 1800 que em vez
dos documentos havia também partes distintas, muito diferenciadas, independentes
entre si e de extensão variada, ou seja, "fragmentos", que só mais
tarde teriam sido juntadas para formarem uma história contínua (A. Geddes, J.
S.Vater, também W. M. L. de Wette)[2]
Vale ressaltar
que a década de 1880 foi fundamental no desenvolvimento da abordagem
histórico-crítica do Pentateuco, pois ela testemunhou a publicação da
monumental obra Prolegomena zur Geschichte Israels de J. H. Wellhausen
(publicada no ano de 1883 e, em inglês, em 1885). O trabalho de Wellhausen teve
uma sólida influência, pois, pela primeira vez, conseguiu-se associar a
história da composição do Pentateuco com a história da evolução da religião
israelita, de um modo convincente à maioria dos principais estudiosos da Europa
continental, Inglaterra e América, enquanto marginalizava academicamente seus
críticos (principalmente Hengstenberg e Delitzsch).
A expressão
clássica da hipótese documentária pode ser associada ao ponto de vista de
Wellhausen, embora atualmente poucos eruditos se considerem wellhausianos. No
entanto, uma vez que é à concepção desse autor que cada se refere ao propor sua
própria opinião, seria útil, portanto, apresentá-la. Wellhausen defendeu, em
continuidade aos estudos precedentes, que o Pentateuco foi composto a partir de
quatro fontes básicas. Essas fontes poderiam ser diferenciadas umas da outras
com base nos seguintes critérios:
1. O uso de
nomes divinos diferentes, particularmente Yahweh (J) e Elohim (E).
2. A existência
de duplicidades, ou seja, a mesma história básica contada mais de uma vez,
embora podendo envolver diferentes personagens. As duplicidades podem ser
narrativas repetidas (p. ex., as histórias da esposa-irmã, Gn 12.10-20; 20; 26)
ou relatos distintos servindo ao mesmo propósito no contexto narrativo (p. ex,,
os sonhos de José com estrelas e feixes, Gn 37.5-11).
3. Diferenças
de estilo, inclusive o uso de dois nomes para designar a mesma pessoa, tribo ou
lugar (Reuel/Jetro; Horebe/Sinai; Jacó/Israel; ismaelitas/midianitas).
4. Teologias
diferences. Por exemplo, J geralmente é caracterizado como retratando Deus
antropomorficamente; D apresenta uma forma de teologia da retribuição; P está
repleto de preocupações sacerdotais e tende a enfatizar a transcendência de
Deus. Os diferentes pontos de vista nos supostos documentos são frequentemente
justificados para mostrar a evolução da teologia de Israel: do animismo para o
henoteísmo, chegando finalmente ao monoteísmo. Além disso, os críticos tradicionais
percebem uma progressão cronológica entre as fontes em termos da forma de
adoração, por exemplo, a questão da centralização da adoração. De acordo com
critica tradicional, J ignora a centralização (Ex 20.24-26), D a exige (Dt
12.1-26) e P a admite (Êx 25—40, Números e Lv. 1-9).
Consequentemente
Wellhausen diferenciou as fontes com base nos critérios acima, as quais são:
J. No tempo de Wellhausen,
o documento J foi universalmente reconhecido como a fonte mais antiga. No
entanto, não muitos anos antes de seu estudo, o documento E1 (atualmente
designado por P) era considerado a primeira fonte. A característica que
resultou em seu nome (javista ou jeovista é o uso do nome pactuai para Deus. A
maioria dos críticos atribui J ao início da monarquia, nos sécs. X ou IX a.C.,
e, por causa de suas referências positivas a Judá, em textos como Gênesis 49.8-12,
acredita-se que o documento tenha sido escrito naquela região. O estilo de J é
frequentemente caracterizado como “claro e direto, mas sua simplicidade é
aquela da arte consumada”. J contrasta nitidamente com P em seu estilo e em sua
teologia. Enquanto P concentra-se em Deus, J atém-se ao homem e a terra. J usa
antropomorfismos para descrever Deus: por exemplo, Deus molda o homem a partir
do barro e passeia com Adão no Éden. J começa em Gênesis 2 (na, assim
denominada, segunda narrativa da criação) e continua até de Números, embora
possa incluir alguns versículos em Deuteronômio. Para uma lista completa das
passagens referentes a J, consulte. Harold Bloom apresentou uma provocante
análise de J de uma forma dizendo que o redator de J era uma mulher, talvez uma
poeta de Davi, é pura especulação.
E. Enquanto J é associado
ao nome de Deus, Yahweh, E é identificado pelo uso do nome mais genérico
Elohim. Essa fonte é atribuída a mais de cem anos depois de J (pois infere-se do
documento a divisão do reino), sendo redigida em algum lugar do norte, essa
última opinião é deduzida do que parece ser uma ênfase nas questões e
personalidades ligadas ao reino do norte, como, por exemplo, José. Na teologia,
E enfoca mais as preocupações “religiosas e moralistas” E é mais
fragmentário do que J ou P (e novo ponto de vista tem apontado cada vez mais de
E para J) O documento se inicia com Gênesis 15 e continua até Números 32,
embora algumas passagens em Deuteronômio também sejam atribuídas a E.
D. O terceiro fio narrativo
criado pela crítica clássica das fontes é D (Deuteronômico), encontrado
predominantemente na Torá no livro do qual deriva seu nome. O núcleo de
Deuteronômio é muitas vezes identificado como o documento que foi encontrado no
templo durante o remado de Josias (2Rs 22— 23). Esse evento comumente é chamo
de fraude piedosa pois na realidade o livro foi escondido propositalmente no
templo para ser achado “de maneira fortuita” e assim ganhar um ar de
sacralidade, porem há grandes debates sobre a forma do documento encontrado
naquele tempo, mas, de qualquer modo, quase todos os críticos datam D do tempo
de Josias (final do séc. VII a.C. ). Embora D raramente retome os primeiros
quatro livros da Torá, sua influência é sentida muito fortemente através do
cânon.
P. Dos quatro fios do
Pentateuco, P é o que mais se destaca e sua abordagem abrange principalmente a áreas
lirtúrgica essencialmente áreas de interesse sacerdotal daí seu nome, fonte
sacerdotal [sacerdote em alemão: “priester”, em inglês: “priest”, daí a sigla
“P”], essas áreas são, cronologia, genealogia, ritual, adoração e lei.
É também
considerada a mais tardia das fontes datando dos sécs. V ou IV a. C., P é reflexo
do anseio pós-exílio de restabelecimento do sacerdócio e também a preocupação
daquele tempo com a obediência à lei. Essa data refere-se à coletânea do que
hoje constitui P, pois se acredita que muito do material tenha vindo de um
período anterior. Um argumento usado para amparar a datação tardia da fonte é o
fato de que P aparenta influenciar apenas Crônicas, um livro datado não antes
do séc. V (Eissfeldt). Seus trechos podem ficar lado a lado com os de outras
fontes (como Gn 1.1-2.4a = P e Gn 2.4b-25 = J)
Surgiram devido
as divergências teorias de fonte em múltiplas camadas como J 1 e J2 N, G, L e
outras siglas novas integradas de modo criativo as quatro principais fontes
narrativas da Torá.
Considera-se
que os redatores foram os responsáveis pelo desenvolvimento da tradição, à
medida que integraram em primeiro lugar J e E, depois D com JE e, finalmente, P
com JED. O redator mais importante teria sido o último, visto que ele
estabeleceu a disposição particular da forma final da Torá.[3]
Uma expressão
bastante comum utilizada pelos professores universitários quando se refere ao
assunto é “rejeitá-la é ser relegado ao campo da “ingenuidade e
arrogância"(Childs) pois a hipótese documentária tem sido o mais
forte rival do ponto de vista tradicional de que Moisés foi a fonte do
Pentateuco. Em contraste com este último ponto de vista, a hipótese documentária
tira o Pentateuco totalmente das mãos de Moisés, o que, para muitos, levanta
indagações sobre a veracidade e a autoridade de Gênesis e do Pentateuco.
Afinal, embora o Pentateuco não reivindique autoria mosaica, pelo menos
descreve Moisés como aquele que recebe grandes partes do conteúdo da
revelação, particularmente a lei. Ainda que a autoridade do texto se fundamente
no próprio Yahweh em vez de em Moisés, não conseguimos deixar de ter dúvidas
caso se crie incerteza sobre o quadro que a Torá pinta de Moisés como aquele
que recebe a lei no monte Sinai.[4]
Antes de
encerrar este post gostaria de deixar uma observação do reverendo Augusto
Nicodemus Lopes:
“O grande
atrativo do método histórico-crítico é o fato de ser “científico”. Com isto, os
seus adeptos dão a idéia de que se trata de uma exegese neutra e científica e,
portanto, capaz de conseguir resultados confiáveis. Nada está mais longe da verdade,
entretanto. O método histórico-crítico não é neutro ao contrário, é bastante tendencioso.
“[5]
Até breve!
[1]Geralmente
a literatura que tange esse assunto que é praticamente unanime quanto esse
desenvolvimento independente da linha seguida exemplos são Lopes, Dillard e
Longman, Schmidt (relacionados na bibliografia)além de E.Sellin; G.Fohrer. Introdução ao Antigo
Testamento. trad. Mateus Rocha - SãoPaulo: Ed. Academia Cristã Ltda, 2007;
Gleason Leonard Archer ; tradução Oswaldo Ramos. Enciclopédia de temas bíblicos
: respostas às principais dúvidas, dificuldades e "contradições" da
Bíblia, 2. ed. - São Paulo : Editora Vida, 2001entre outros.
[2]Schmidt,
Werner H. Introdução ao Antigo Testamento tradução Annemarie Hõhn I. São
Leopoldo, RS : Sinodal, 1994. Pag.49-50.
[3]
Dillard, Raymond B., Longman, III Tremper Introdução ao Antigo Testamento;
tradução Sueli da Silva Saraiva. - São Paulo: Vida Nova, 2006, pag. 39-42.
Basicamente é a mesma exposição do livro de Longman Como ler Gênesis, São
Paulo: Vida Nova, 2009 pag. 47-52
[4]
Longman, III Tremper, Como ler Gênesis, São Paulo: Vida Nova, 2009.
[5]
Lopes, Augustus Nicodemus, O DILEMA DO MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO NA INTERPRETAÇÃO
BÍBLICA, FIDES REFORMATA X, Nº 1 (2005): 115-138.
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